sexta-feira, 23 de junho de 2017

Queria acordar
Não olhar as horas
ou contabilizar o sono
apenas
dormir novamente

varre os meus versos

O tempo segue descomprometido
enquanto meu corpo estala nas juntas
juntamente com as taboas velhas que calçam meus pés
e eu com a poesia cristalina já fluindo entre os dedos...


Aspiro por lápis, caneta ou pena, pergaminho desespero!!!
mas indiferente ao meu lamento,  em venetas
o vento do tempo vira a ampulheta
bruto, resoluto, estúpido! varre meus versos...

e eu sem consolo
retorno lentamente
me deito novamente
e desconsertado adormeço...