segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Me calo

Se minha voz por um momento cala,
é em respeito ao silencio
que ao meu pensamento, fala...

Minha alma se acalma,
se penso com o vento
na amplidão que se esvai quando falo...

Claro que falei palavras frias
e as certezas calaram o momento,
movimento que é chão a poesia

Então, contrario a situação,
que eu me cale todavia
a revelia talvez se quiser


para que por vias da indecência
goteje a essência da vida esmagada
pelo nada da razão que a comprimia...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

te caço e te mato,

mesmo sendo nobre os sonhos meus
te dou meu sorriso e tambem meu guizo
se não devolve-me a gentileza
e não se comoves com minhas certezas
então viro a mesa e chuto o balde
debalde torna-se a vida
sou ferida de morte e doçura

por sorte meu veneno
sessa com ternura
mas se a grossura da sua carga
me tirar a leveza das nuvens
nas quais coloquei os meus pés
em fúria te caço e te mato
por essa loucura...





terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Vai me odiar

vai me odiar porque chutei o pau da barraca
 arranquei sua roupa
 revolvi a areia do seu alicerce
e desprezei seu teatro?

 vai, me odeie!!!
 pra que eu desmonte sua farsa
afronte sua mascara
e possua seu perfume secreto

Confesso que se te acho feito a lua nua e crua,
por certo serei teu em prosa e verso.
está dito e posto conforme escreveu o universo...

apague a luz pra que te vejam
não tens raízes e nem pés.
saia do chão de seu palco...