terça-feira, 28 de junho de 2016

Braços sem nome

aqui neste mundo cão
a massa que faz o pão,
 mal come...

Os donos da situação
manobram o aguilhão,
da fome...

e quem cuida da plantação
somente as migalhas do chão,
consome...

são homens, são gente
são braços, são passos,
sem nome...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

sob o script da desgraça

Estranho que seus brinquedos
percam rapidamente a graça
 sem graça não são
 de graça não é!

 Até quando te conduzirão
pela contramão do tempo
agregando ao seu auto boicote
decisão de coiote caçando leão?

 És somente a caça
entre cachaça e religião
perdido aturdido confuso
buscando aprovação com os sem opinião

 então dormem irmão...
 conforme a vida ditada
 és um nada no meio de tudo
comprando o mundo

 no fundo este enredo não basta
 seu medo em segredo te mata
brinquedos de lata, distraem quem fracassa ...
ninguém é pleno sob o script da desgraça

quarta-feira, 15 de junho de 2016

digo o que penso sem dizer nada

Meus versos sem pretensão poética Na dialética da dispersão Vocação de conjugar o nada faz de cada letra um lamento tudo o que penso, embaralham na intensão de expressar Sem regras sem direção sem tempo sem culpa sem luta sem vezes sem nada... as favas com sua opinião

com pobreza minha cara não combina

Senhor venho a ti mascarado eu confesso
se estou errado, por não ser, não sou culpado
aconteceu me disfarcei por proteção
e me perdi, não sei mais o que eu sou,

mas enfim, pra onde vou de onde vim não me importa
do sucesso me abra a porta eu te rogo,
adquirir muita riqueza me conforta
pois esta cara não combina com pobreza

vou guardar la na Suíça

Estas florestas tem seu valor nas madeireiras
matem os índios, façam estradas, a terra é pouco

Te dou comida, trabalhe e pague, você consegue
estes pobres tirem daqui, enfeiam a praça

nos hospitais não tem seringas e nem remédios
saquearam as estatais, não valem mais, só dão prejuízo

Quanto aos clamantes por justiça, Enterem!!!
resguarde a propriedade, meus milhões depositei la na Suíça

Tateando me encontrar



Amar, exibir, conquistar, chamar de seu
assim viveu e existiu para impressionar

silenciar, se conter, enfim calar
falar porque se ninguém pode entender

sonhar, realizar ou viver
pode crer, seus absurdos são reais 

sumir, fugir de mim, se esconder
não posso ver, vou procurando, tateando me encontrar

Aonde ir, dia ou noite, tanto faz
vou caminhar, pois de dormir já me cansei...

terça-feira, 14 de junho de 2016

violadora infame de meus prazos


Sob estes acomodados pés
reposicionou-se o chão
e sem esforço o cenário se moveu
e eu aqui fiquei, novamente, desconfortável...

vejo e ouço a resiliente esperança resistindo
mas a  violadora infame de meus prazos
intenta em qualquer tempo por mudança
e eu aqui estou, outra vez, sem cumprir o planejado...