segunda-feira, 27 de julho de 2015

este inimigo insiste em se fazer de espelho

Me incomoda tudo o que vejo
percebo este sistema alienante
perpétua desigualdade...
verdades tantas, autoajuda 
interesses diferentes, impiedade
egoístas ativistas, consumistas da insanidade...
Mas por felicidade vou e por vaidade fico.
critico este mundo, insisto, chamo de inimigo!
Existo nele e nem percebo o quanto somos parecidos...
Negando o acuso e persisto!!!

domingo, 19 de julho de 2015

Bancada evangélica

Corrupção, inflação, desemprego, exploração, desigualdade, violência, homofobia, assassinato, fundamentalismo e massacres... Enquanto isso, esta tal bancada nada diz. Estes tais defensores de valores, recalcados moralistas, eleitos pelo voto de curral de fieis de suas igrejas só fazem mesmo oposição ao que contradiz a doutrina de sua religião conforme moral e os bons costumes. Ora bando de sepulcros caiados, fariseus das doutrinas de castração, demagogos das exterioridades. Aprendam, saibam e entendam que Jesus nunca falou de moral ou religião. Sua palavra era de acolhimento e amor. Por amor morreu!!! Enfim, entendo, que quem o matou foram vocês!!! Da bancada religiosa, moralista e farisaica. Bando de hipócritas imuteis. O mundo só precisa de evangelho. A unica regra é o amor!!!

Confissões da descrença

                 Frequentemente vejo adesivos em carros com a citação bíblica, relato de S. Paulo que diz: "tudo posso naquele que me fortalece"... Aí eu fico pensando; será se este cidadão, provavelmente neo pentecostal e adepto da teologia da prosperidade sabe ou conhece o contexto da narrativa Paulinha? Creio que não! No texto anterior Paulo dizia que tanto faz ter muito, ou não ter, estar livre ou preso, comer ou ter fome, andar a cavalo ou a pé... Pois ele podia viver feliz em qualquer circunstancia, a força do enfrentamento, sua resiliência era procedente de Cristo que o sustentava e fortalecia. Com isso ele afirmava que a felicidade não esta condicionada a uma ideologia de sucesso, a uma conjuntura financeira. Paulo não submeteu a felicidade a elementos mercadológicos, ao capital ou a realização de necessidades ligadas ao consumo, pressuposto de muitos infelizes de hoje. Ele estava acima destes padrões, e vivia a liberdade de ter ou não, sem crises ou descrença. Suportava qualquer circunstancia pois sua força era maior que qualquer adversidade.

                A fé é a mais absoluta certeza de um porvir  e quem a tem, em segurança, realiza passo a passo enquanto descansa. O medo é fruto da expectativa por um mal eminente, logo, esta incerteza certamente produz intempéries. As afirmações de quanto creio ou de quanto estou seguro em Deus são obvias confissões de medo. A fé visualiza tudo como sendo possível e ordinário, assim sendo produz paz e por ser corriqueira, comum dispensa naturalmente as confissões de crença pois o sobrenatural já não existe. Quem crê move-se, pois a fé gera ação e tem direção certa.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Crentes descrentes e ateus cristãos

                   A afirmação muito constante de que creio em Deus é a confissão da minha descrença. Uma fuga desesperada da vacuidade da existência e da designificação da vida .Enfim quando e se preciso tanto crer é por que não creio. Quem crê, não precisa de uma confissão. As confissões afirmativas atestam do que não somos, demonstrando a fragilidade de uma fé que não resiste a nenhuma argumentação. Jung, pai da psicologia analítica, nunca disse que cria em Deus, mas vejo Deus o tempo todo em sua ciência. O modo como se fala de Deus, atesta de que Deus não está lá. É fruto de abandono e desespero levando o individuo a confessa-lo para que, em existindo, caso exista, o socorra em acolhimento. Logo , quem crê no Deus que é, acolhido está, e não se desespera jamais, porque desespero é descrença. Sendo assim, portanto se seu cristianismo não te impulsiona naturalmente a agir como Jesus, a sua fé é falsa e inútil, fazendo de você um hipócrita auto-enganado! Acorde!!!! Felizes são estes ateus tranquilos, pacíficos e do bem que de tão crentes que são, não precisam crer. 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

imensurável infinito

Meu céu. não é feito de metal
e tal qual quem acredita no incomprável,
no imensurável infinito, prossigo...
Na viagem, vou sem bagagens!
Pra vantagens de miragens
não existo!!!

Contudo, quero pagar meus débitos!
evitando que meu valor e crédito,
seja comparado ao que pode ser comprado
e seja enfim sacrificado meu ser e arte
evito a todo custo que sem pudor me descartes!!!
por vil papel meu senhor!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

soletrando só

Meia palavra, já não basta!
Palavra inteira, nada diz
e duas ninguém suporta

Então cale-se poesia!!!
a vida objetiva, objetizada
já disse que bastam de palavras

E vós letras! sigam soletrando só!
pois são tortas as linhas
e surdos os homens