terça-feira, 31 de março de 2015

não preciso desta merda.

nasci, cresci e estudei...
me esforcei para ser um bom menino
Me apaixonei e até chorei quando perdi..
.
aprendi muitas técnicas.
fiz a festa e fui pro pário
feito otário conquistei mais um posto

não gostava do trabalho
pelo salario me vendi
comprei, não pedi, não precisei,

idealizei, descasei e me perdi
aprendi que não sei
fui ficando pelejando pra sair,

provei que posso
mas nem sei se este alguém
quer saber se consegui...

a missão abracei
e a leis obedeci
nesta guerra me esfolei e venci

minha luta foi disputa
por conduta exemplar
sou melhor que o melhor que eu ja vi...

Para o meu vicio existencial
ais deste lixo é minha sorte
e pra mostrar que sou forte faço qualquer sacrifico

quem me dera eu pudesse
me livrar desta sina de programa
me mandar daqui, evaporar desta rotina

foi inútil e estou de luto
pelo muito que me pesa
tenho dito, não preciso desta merda.



bagaça da vida



Herdei muitos mitos
e mesmo sendo um esquisito irreal
cogido profundidade...

Cansei. Não quero outra verdade
teorias, eternidade e escatologia
deixe-me seguir em paz...

Como é difícil o pesar do pensar
o contra-fluxo contra mortais em luto
e a bagaça pesada da vida...

segunda-feira, 30 de março de 2015

vocação que não tinha

E para escrever poesia
concedia um indulto a morte
fazendo de minha sorte
um estulto insulto a vida.

E pra saciar minha vaidade
miragens transcrevia
amando a vocação para a dor
ao manchar de tinta as entrelinhas
...

Caminho

Eu tenho o meu caminho,
porem não sei o que há
alem daquela curva...

mas não importa!
vida torta,
água morta,
o que suportas,
tudo o que sentes!
definitivamente,
não é a minha sina...


Nesta estrada com espinhos
a morte é tida como certa
talvez esteja na próxima curva...

mas tanto faz
o que traz
satisfaz
e apraz
as limitadas mentes
definitivamente
com todas as respostas da vida





sábado, 28 de março de 2015

É um engano cumprir a tarefa

Se o fogo queima o papel
Se um vírus destrói o arquivo
deste livro que não será lido
onde digo, desligo, não sigo
prosseguindo sem nada saber

meu querer é antever o destino
o já dito persisto escrevendo
Revolvendo o obvio previsto
validando o meu nada fazer
adiando o presente sentido

Que terrível esta gente demente
Que acumula feituras do lixo
Feito bicho enchendo seu buxo  
no estulto sepulcro de bens
esquecendo o caixão que é só seu...


Seu luto é inútil seu tolo
O Seu dolo enfadonho é o fútil
Ai de mim que deixei de sonhar
Uma cova me basta no fim
Enfim todo plano perece.
Na quermesse das tantas tarefas

Propósito

E o sopro se faz sentir
constantemente inconstante...
O vento quer e vai
livre das lógicas mortais
desde sempre, doravante...

Fora da caixinha consoante!
sem forma, informatável
o vento faz o que quer
livre dos contextos
para sempre incontestável...

Os planos se fazem pó
prevalecendo o propósito...
e o mar já não existe...
sopra o Espirito sobre ossos
E a vida acontece...

segunda-feira, 23 de março de 2015

Conspiração

há uma conspiração da divindade
Que me mantem por aqui
e eu me folgo,
posso, relaxo e gozo!
Nem penso mais em partir!

todavia, se a via do ir
a sorrir me vier?
seu viés acolherei e não lamentarei jamais!
quem me cuida e preserva,
 sabe muito bem o que faz...

quarta-feira, 11 de março de 2015

Inconveniencia

conveniente inconveniência
quem mandou sobrepujar
o cor de rosa dos meus muros
com o absurdo de seu cinza

quem mandou calar meus planos
desbotando o meu azul
me tratar feito comum
se rindo de minhas metas

tenha a santa paciência
sua arrogante intrometida
dona da incoerência
me devolva a juventude...

ingrata vida vira-lata

Se estou vivo ainda posso!
minha dor sossega e passa
persistindo já me esqueço
nem percebo e aconteço
nosso pão ainda basta

Estou vivo sei que posso
o que é nosso é o nosso ser
na desgraça deste ter
o saber perdeu a graça
ingrata vida vira-lata...