Musica, indomável livre e solta,
quem a poderá sentir?
Quem a compôs, sob signos a pôs, posto que já era.
Sempre esteve aqui, mostrando-se enfim ao ser insustentável,
se fazendo ouvir e sentir, por gente,
entes especiais, diferentes
na multiformidade de seus tons...
e esta que é, escolhe quem quer,
cria e recria os seus loucos instrumentos ferindo-os de beleza
Se ri, zomba, mata, desintegra-os em cores e sons
Integrando-os ao tudo em todos,
Arranjando-os vivos para sempre
Onde quer, em qualquer lugar
Que se fizer perceber, vibrar, conceber, engravidar,
Engravidar das ondas, nas ondas das canções.
E Deus se fez musica,
dissolvendo-se no tudo deste todo...
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