sábado, 3 de novembro de 2012

O ser, é para alguns. O ter, para qualquer um

Há um deus barganhante da proteção,
Um diabo, destruidor de incautos sem mediação,
e o seguro do clero tem custo!
a cobertura é mediada pelas igrejas denominadas.
tão diversificadas, quanto a multidão dos apavorados
que pela eminencia de um mal súbito,
correm para elas desesperados
e se fazem refém dos que controlam tudo,
estes donos das soluções magicas.

Anestesiantes não faltam,
sobram donos de templos, dos sermoes, dos irmãos
sacerdotes dos véus remendados,
estes tais intermediários, mediadores das bênçãos,
beneficiários coletores da "divina" receita federal.
e na base, sustentando e dependendo,
pobres homens seguem gemendo
pela guia dos tais dirigentes cegos.
cambaleantes pelo medo.

Inertes jazem a multidão dos zumbificados
pela esperança de um futuro de promessas.
 Quem os atraiu, quem os enganou?
quem de sangue se fartou?
foi a corja dos proponentes da vitória
que vivem a gloria
da "barganha celestial".
patrocinadores do vil, mestres do vão
vendedores da anti-falência.

mas seu fim, enfim, está posto
e seus seguidores loucos,
anulando-se encontram os guias feitos de si
e inalam compulsivamente da droga que tanto querem.
perecendo de sua propria ilusão
quem tem olhos veja, quem não quer se engane
e se perca, na insignificância e seu ter
porque ser, é para alguns,
ter, para qualquer um.
(João Luiz)