terça-feira, 24 de julho de 2012
Pathos
Uma insensatez que nos deixa aos pedaços, toda vez que toma a forma de tudo, dissolvendo o eu no outro, quando o outro, ilusoriamente, ocupa todo o espaço. Uma loucura quando o eu não se vê na existência, sem a existência do outro. Simplesmente aos pedaços quando, a posteriori, por força da vontade deste, alheio e indiferente ao fato do quão essencial tenha se tornado e contra a sua própria vontade, se vai, e o tudo se torna em nada, deixando só o vácuo de uma importancia inimaginável. Felizmente o que não nos mata nos fortalece. Falo da loucura da paixão, sim, por muitas vezes, eu já fui muito louco. (João Luiz)
Sendo o que se é
Não transfiro meus sonhos para as minhas filhas, só sonho em
relação a elas que, de fato, sejam realmente felizes. Eu sou o que sou e não há
nada em mim que, em não sendo, desejo que o sejam. O meu desejo é para mim e
que cada um encontre a sua própria individuação sem a culpa e a obrigação de
atender frustrações de outros. Que cada um seja o que nasceu para ser e que vá
até onde puder ir, sem a obrigação de ser nada alem do que já é. (João Luiz)
domingo, 15 de julho de 2012
Muito inconveniente
O que
estamos vendo no mundo é resultado daquilo que somos. O nosso egoísmo nos
destrói na mesma medida em que tentamos viver desconectados do outro. O caminho
mais curto para Deus é o próximo e uma célula desconectada do corpo entra
imediatamente em processo de morte. Há um processo autodestrutivo em nossa
interioridade, explicitado e exteriorizado pela nossa mórbida indiferença. A
nossa indiferença quanto ao eu, no outro, que sofre, revela muito sobre o nosso
estado de fragmentação e divisão. Neste processo nos tornamos em diabo de nós
mesmos. Onde há divisão, não há Deus e a religião que não religa é falsa. Sim,
eu já sei; sou mesmo inconveniente.
domingo, 1 de julho de 2012
Passos criadores
O caminho existe a
partir dos passos que decidimos dar e ninguém pode seguir senão pela
subjetividade de seus sonhos. Criamos o que queremos e quando acreditamos, materializamos
o imensurável. O futuro não existe de forma fixa e predefinida, tudo está
sujeito a influencia exercida pela força motora daquele que avança. O novo é
criado do nada, pela simples decisão de fazer diferente e o universo se molda
aos padrões de nossa mente. Tudo, tudo é construído pelos passos que damos e o
contexto se conforma a ideia que temos de nós mesmos. (João Luiz)
Escravos da modernidade
O dinheiro virou deus e até a religião colocou-se de quatro reverentemente ante a este déspota alienante. O ter, tornou-se no pacote mais ambicionado e vendido aos escravos da modernidade, como sendo o suposto elixir composto da felicidade. Como ser livre em um mundo de dominados? Como ter opções em um mundo de condicionados? Como ser feliz?Como? Ora, é muito simples, assim como simples é o amor. Olhe para dentro, mude sua mente, contemple seu valor, reconheça que há um propósito para a sua vida e reveja todas as suas crenças. (João Luiz)
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