domingo, 29 de abril de 2012

Quanto desperdício

              Quais são as inquietações que devoram nossa vísceras? Qual é a lista de preocupações e atividades que ocupam o nosso tempo. O que é tão importante para que gastemos o nosso tempo transitório, nesta atividade enquanto o nosso tempo passa? Quem disse que tem que ser assim? O que é realmente importante? Se o dinheiro norteia meu objetivo principal, o outro humano já não é importante. Se ter é a minha preocupação, Ocupando me tempo maior, é porque o meu ser já se dissipou nesta vaga tentativa de fixar minha temporariedade nas edificações. Sem duvida, o mais importante é o amor e este, deve ser a nossa atividade, pois este em tudo cabe, a tudo se aplica e dá sentido a existência.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Ambivalência cristã é do anti-cristo

                A religião, na maioria das vezes presta um desserviço a Deus. O faz, com sua segregação, com seus juízos, com seus preconceitos e com seu desamor. Felizmente Deus não se deixa monopolizar, não se faz refém de sistemas e doutrinas, tão pouco fez destes, dos religiosos, seus representantes. A própria ciência não se opõe a Deus. Quando questiona, questiona a caixinha hermeticamente fechadas dos suicidas intelectuais, da religião. Não há critica a Deus na ciência, pois Ele está muito acima destes mensuramentos, não serve em tubos de ensaio, assim como não serve na teologia e nos padroes de nosso pensamento linear. Felizes, são os que conseguiram emancipar suas mentes destes controles, vivendo a liberdade para ser simplesmente, aquilo que já se é em essência. Tamanha é a ambivalência e o antagonismo no meio religioso que, Se Jesus voltasse hoje, como homem, a própria religião Cristã, o crucificaria novamente. (João Luiz)

domingo, 22 de abril de 2012

transitando fora dos portões

O autoconhecimento, segundo Socrates é o unico conhecimento realmente importante. Com certeza não é o unico, Mas sem duvida, é o mais importante. Infelizmente e contraditóriamente, o mais negligenciado. Ninguem quer ver suas proprias sombras, antes as projetam sobre os outros. Para não pensar sobre a propria vacuidade de seu ser, cada um se apoia nas regras externas e predefinidas da religião. Não estamos aqui, para sofrer padronizações e castrações de natureza imposta pelo medo. Que o ser humano, enfim aprenda a questionar padrões e cada um encontre seu próprio caminho, aprendendo a transitar fora dos portões. Há um universo a ser descoberto e ha vida fora das caixinhas instituídas. (João Luiz)

A desconstrução da Luz


”A luz indubitavelmente revela os equívocos de nossas crenças. Na verdade, poucos podem suportar esta desconstrução. Isto causa muito medo e medo da luz é medo da verdade”. (João Luiz)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sacrifício de Tolo

Se Deus é pai,
são dispensáveis obrigações,
frequências ao templo
ralar os joelhos,
 se prestar a penitencias,
fazer promessas
doar dinheiro...
tolice, engodo, ilusão
este caprichoso não é Deus.
Ele, imagino,
é sensivel a seus pequeninos...

Eu sou relativo,
mas em relação a meus filhos
Interpreto suas necessidades
e não barganho privilégio,
e para a concessão de algum beneficio,
não instituo cotas de sofrimentos
 e eu, ora eu,
sou contraditório, limitado, homem.

é obvio que a religião
projetou sobre Deus o pior si.
e o formatou
a sua própria imagem.

domingo, 8 de abril de 2012

Sem conexões não ha amor e sem amor, não ha Deus


              Jesus é o grande conector da existência humana. A sua cruz abraça o mundo. O evangelho, a sua mensagem, quando original é altamente curadora, por que leva o ser humano a se ver, a se reconhecer e a se perdoar. Ele, Jesus inter-relaciona o perdão recebido ao perdão liberado, o conhecimento de Deus ao relacionamento com o outro humano, o amor a Deus ao amor ao outro e finalmente e o serviço a Deus ao serviço ao próximo. São conexões para todos os lados. Se um único neurônio pode fazer milhões de conexões, qual seria o poder de um ser humano realmente conectado? Como alguém pode se conectar com o universo e a Deus tendo uma mente viciada, com caminhos neurais inexistentes e áreas de si mesmo, nunca visitadas? Como alguém pode dizer que ama a Deus se não tem nem amor próprio, Vivendo uma vida sem empatia, ou indiferente em relação ao sofrimento do outro. Quando vejo alguém falando em Deus o tempo todo, mas em antagonismo a esta verbalização incontida, vive uma vida cujo foco é o próprio umbigo, só posso fazer uma única leitura: interpreto estas declarações como a sua própria confissão de inafetividade. Uma blenorragia verbal incessante e confessadamente explicita como uma inafetividade por tudo, uma desconexão real e um desconhecimento absoluto de Jesus, mesmo quando este se auto-declara cristão. Existe uma ordem, uma seqüência evolutiva nas conexões que fazemos: Conexão interna, conexão para os lados e conexão para cima. Conexões constantes, expansivas, continuas e ilimitadas. Se religião significa na terminologia, religar, se esta não religa, esta é falsa. Não peço que concorde, peço apenas que pense.
João Luiz

sábado, 7 de abril de 2012

Remendo Novo Rompe Tecido Velho

Fechamos os olhos para tudo aquilo que não suportamos ver. Não suportamos quase nada e quase nada vemos. O novo desconstroi, remendo novo, rompe tecido velho. E aí, voltamos para o casulo e no casulo, há muito pouco, nada de novo para se ver. As paredes deste casulo são conhecidas e resumem a vida a basicalidade compreensível, aos paradigmas comuns, convencionados. O casulo protege contra qualquer verdade insuportavelmente desconstruidora.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A veneração do deus das antigos conceitos construidos


Penso que o ser humano não muda, mas acumula. O novo saber se mistura ao velho conhecimento e então, tudo se transforma. A qualidade no novo depende muito do conteúdo velho. Verdades aniquilam mentiras, mas são anuladas por mentiras que pensamos ser verdades. Verdades desconstroem as antigas “supostas verdades” e nisto reside o seu custo. Alguns não avançam, não evoluem, por não abrirem mão de suas antigas construções deusificadas. Doenças precisam ser expurgadas para que o novo não seja contaminado. 
João Luiz

domingo, 1 de abril de 2012

Trazer luz a existência é entrar no poço

Uma questão que trago insistentemente à tona, revirando o abismo da minha alma em busca de um sentido maior é a importância de uma vida com importância. Ninguém pode suportar conscientemente, viver uma vida ausente de significado. A ausência de sentido acaba por produzir em nós, mecanismos de fuga, como uma corrida desenfreada por viver, de prazeres só para fora, acumulando momentos de alegria, que são confundidos com a felicidade. A maioria das religiões, ditas cristãs, já se prostraram a este deus do consumo e entraram também neste processo de fuga tendo como subterfúgio a materialidade, alimentando o processo humano de fuga e auto-alienação. Por isso eu creio em Cristo, mas duvido veementemente do cristianismo. Penso que é mais fácil fugir, do que encarar a vacuidade da própria existência. Tapar o poço abismal interior é muito mais fácil, do que a vertigem de se olhar para dentro e trazer luz a própria existência. Estamos em um processo coletivo de despertar e ha um passo de uma grande libertação. É como se vivêssemos no linear de um despertar de consciência que nos dará um sentido transcendente, sobrepujando enfim, esta nossa animalidade. A bem da verdade, ainda somos a ameaça e o perigo maior neste e para este planeta.
                   João Luiz