sábado, 3 de novembro de 2012

O ser, é para alguns. O ter, para qualquer um

Há um deus barganhante da proteção,
Um diabo, destruidor de incautos sem mediação,
e o seguro do clero tem custo!
a cobertura é mediada pelas igrejas denominadas.
tão diversificadas, quanto a multidão dos apavorados
que pela eminencia de um mal súbito,
correm para elas desesperados
e se fazem refém dos que controlam tudo,
estes donos das soluções magicas.

Anestesiantes não faltam,
sobram donos de templos, dos sermoes, dos irmãos
sacerdotes dos véus remendados,
estes tais intermediários, mediadores das bênçãos,
beneficiários coletores da "divina" receita federal.
e na base, sustentando e dependendo,
pobres homens seguem gemendo
pela guia dos tais dirigentes cegos.
cambaleantes pelo medo.

Inertes jazem a multidão dos zumbificados
pela esperança de um futuro de promessas.
 Quem os atraiu, quem os enganou?
quem de sangue se fartou?
foi a corja dos proponentes da vitória
que vivem a gloria
da "barganha celestial".
patrocinadores do vil, mestres do vão
vendedores da anti-falência.

mas seu fim, enfim, está posto
e seus seguidores loucos,
anulando-se encontram os guias feitos de si
e inalam compulsivamente da droga que tanto querem.
perecendo de sua propria ilusão
quem tem olhos veja, quem não quer se engane
e se perca, na insignificância e seu ter
porque ser, é para alguns,
ter, para qualquer um.
(João Luiz)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A bondade reside onde não se vê

Há muita maldade nas mascaras de bondade e muita bondade na marginalidade.

Perguntas

Enquanto sigo pela vida perguntando, mais cresce em mim a sensação de que nada sei. neste impeto de perguntar, sempre vou reabrindo as minhas antigas respostas e eis que surgem sempre novas perguntas. (João Luiz)

Sorte

Não existe sorte. O que exite são resultados positivo para quem é positivo. Ninguém vai a lugar algum pensando negativamente. O medo é uma fé no pior e tem o poder extraordinário para a produção de mazelas.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Pathos

Uma insensatez que nos deixa aos pedaços, toda vez que toma a forma de tudo, dissolvendo o eu no outro, quando o outro, ilusoriamente, ocupa todo o espaço. Uma loucura quando o eu não se vê na existência, sem a existência do outro. Simplesmente aos pedaços quando, a posteriori, por força da vontade deste, alheio e indiferente ao fato do quão essencial tenha se tornado e contra a sua própria vontade, se vai, e o tudo se torna em nada, deixando só o vácuo de uma importancia inimaginável. Felizmente o que não nos mata nos fortalece. Falo da loucura da paixão, sim, por muitas vezes, eu já fui muito louco. (João Luiz)

Sendo o que se é


Não transfiro meus sonhos para as minhas filhas, só sonho em relação a elas que, de fato, sejam realmente felizes. Eu sou o que sou e não há nada em mim que, em não sendo, desejo que o sejam. O meu desejo é para mim e que cada um encontre a sua própria individuação sem a culpa e a obrigação de atender frustrações de outros. Que cada um seja o que nasceu para ser e que vá até onde puder ir, sem a obrigação de ser nada alem do que já é. (João Luiz)

domingo, 15 de julho de 2012

Muito inconveniente


              O que estamos vendo no mundo é resultado daquilo que somos. O nosso egoísmo nos destrói na mesma medida em que tentamos viver desconectados do outro. O caminho mais curto para Deus é o próximo e uma célula desconectada do corpo entra imediatamente em processo de morte. Há um processo autodestrutivo em nossa interioridade, explicitado e exteriorizado pela nossa mórbida indiferença. A nossa indiferença quanto ao eu, no outro, que sofre, revela muito sobre o nosso estado de fragmentação e divisão. Neste processo nos tornamos em diabo de nós mesmos. Onde há divisão, não há Deus e a religião que não religa é falsa. Sim, eu já sei; sou mesmo inconveniente.

domingo, 1 de julho de 2012

Passos criadores


 O caminho existe a partir dos passos que decidimos dar e ninguém pode seguir senão pela subjetividade de seus sonhos. Criamos o que queremos e quando acreditamos, materializamos o imensurável. O futuro não existe de forma fixa e predefinida, tudo está sujeito a influencia exercida pela força motora daquele que avança. O novo é criado do nada, pela simples decisão de fazer diferente e o universo se molda aos padrões de nossa mente. Tudo, tudo é construído pelos passos que damos e o contexto se conforma a ideia que temos de nós mesmos. (João Luiz)

Escravos da modernidade

O dinheiro virou deus e até a religião colocou-se de quatro reverentemente ante a este déspota alienante. O ter, tornou-se no pacote mais ambicionado e vendido aos escravos da modernidade, como sendo o suposto elixir composto da felicidade. Como ser livre em um mundo de dominados? Como ter opções em um mundo de condicionados? Como ser feliz?Como? Ora, é muito simples, assim como simples é o amor. Olhe para dentro, mude sua mente, contemple seu valor, reconheça que há um propósito para a sua vida e reveja todas as suas crenças. (João Luiz)

domingo, 24 de junho de 2012

Autovitimados

 Se soubéssemos quantos processos psicossomáticos são interrompidos com o perdão, perdoaríamos sempre, por uma questão de saúde e qualidade de vida. Podemos sempre transformar o limão em limonada, Ninguém faz mal se não a si mesmo e ninguém tem o poder de nos fazer mal, senão nós mesmos. Logo não há vitimas, senão os autovitimados.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pensamentos criadores


A física quântica diz que o que acontece fora de nós é resultado do que primeiramente acontece dentro. Logo, criamos a realidade. Nosso cérebro não discerne entre o que vivemos e o que imaginamos, logo o efeito do que pensamos é realidade sobre nós. A solução para o mundo começa na interioridade. Arrependimento dentro do conceito original bíblico é Metanóia, literalmente significa mudança de mente. (João Luiz)

domingo, 10 de junho de 2012

Desilusão, subproduto da luz sobre a ilusão



Muitos temem pela desilusão e por isso fogem da verdade. Ora a Desilusão é um subproduto da luz. Enfim, não se iluda, pelo contrario, siga em frente sem autopiedade ou autovitimizacão,  trazendo sempre, tudo a luz da verdade. Ninguém pode ter compreensão de algo novo, uma vez que mantenha as suas ilusões a sete chaves e seus corações fechados. A desilusão é um amargo resultado do remédio chamado verdade que liberta e produz crescimento. Nenhuma verdade pode ser absorvida por uma mente cheia de pré-concepções. (João Luiz)

sábado, 9 de junho de 2012

Em sabendo quem sou me liberto de quem não sou


Como as pessoas se irritam ao serem confrontadas com a sua própria verdade. Como são defensivas as atitudes daquele que vislumbra as suas construções de autoengano ameaçadas. Não se engane; a felicidade está diretamente vinculada à liberdade e a liberdade a verdade e a verdade ao autoconhecimento.

O cozinhar lento do sapo


Agradeço pelas turbulências. Sem elas, certamente eu estaria sentado, em alguma zona de conforto, em alguma mentalidade padrão fixa, parado em algum lugar no tempo. Sou movido pela inquietação, pelo vulcão da interioridade que me faz desconstruir e reconstruir meus próprios padrões em total desapego. Temo pelo conformismo do politicamente correto, pelo deixar-se levar inconsciente e confortavelmente no fluxo das massas subjulgadas,  temo que a chama da revolução se extinga  em minha alma e que o tempo me faça indiferente.  (João Luiz)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Jesus antissistema

Aos amigos cristãos religiosamente sistematizados, pertencentes há um segmento qualquer derivado da religião dita cristã, com suas variáveis doutrinárias, atentem para este fato:  Jesus, o Cristo, nunca falou sobre culto, liturgias, sistemas, agremiações, assembleias, instituições, doutrinas, costumes e moralismos. Sua mensagem é de amor, perdão, misericórdia, tolerância e está sempre relacionada à saúde, a caminhada e a vida. (João Luiz)

O inferno Construído na Interioridade


O eu que, egoisticamente, vive somente para voltar-se sobre si. Não constrói caminho transcendente, antes encontra um fim em si mesmo. Sem um sentido maior para a vida, a vida em si é a morte. Sem conexões, o estado latente é de isolamento autoimposto. Este é o inferno existencial, construído em cada um, por si e contra si mesmo. Construímos não somente para nós, trocamos com o mundo e influenciamos para alem da materialidade. (João Luiz)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Inconsciente Coletivo


Nossa vida é de um constante absorver, uma troca quase imperceptível. Somos afetados pelo todo, todo o tempo. É preciso deixar-se pertencer, entregar-se a vida. Ser egoísta e indiferente é a receita da infelicidade. (João Luiz)

Time



Este é o nosso tempo e cada qual tem seu time. Na busca pela felicidade, Não me privei dos riscos e seu custos, me ralei pela vida para descobrir que a felicidade não se faz de conquistas externas. Por meus desacertos, aprendi a olhar para dentro. Enfim, meus erros são as bases dos meus acertos. (João Luiz)

Viver ou morrer, tanto faz!


               Morro todo dia quando me entrego serenamente nos braços do cansaço, sendo absorvido lentamente pelo bom sono. Me deprimo quando acordo, nas manhãs das mesmas coisas. Quando sigo para a labuta do consumo, da insignificação das conquistas, para a superficialidade daquilo que chamamos de sucesso. Já aprendi que estamos na contra-mão da felicidade. Encaro os fatos, não tenho mais medo do escuro e não temo mais a morte. Estou aqui, a qualquer custo, em busca do meu self. (João Luiz)

domingo, 27 de maio de 2012

Somos o que não somos

Se não sabemos quem somos é e a que viemos. As pessoas nos darão respostas que provavelmente acreditaremos. Neste processo nos tornamos copias das transferências de outros, legitimadas pelas nossas crenças. Para quem não busca a verdade a primeira suposta verdade basta. Somos o que não somos no processo de atender expectativas. (João Luiz)


sábado, 26 de maio de 2012

Individuação


Tudo o que é tangível e mensurável procede do intangível e do imensurável. Tudo nasce na subjetividade. Pessoas cuidam do corpo, mas poucos buscam cuidar da saúde a partir da raiz do males, poucos admitem a necessidade de tratar da mente, dos equívocos, das fragmentações psicológicas de onde originam-se as somatizações. Precisamos de encontros com nós mesmos, de individuação. (João Luiz)

Pensamentos dão forma a vida


“Os nossos pensamentos esboçam nosso provável futuro. Construções mentais tomam forma a partir de nossas crenças. Futuro com solidez só é possível se o fundamento da vida for à verdade”. (João Luiz)

Oração


Oração é um estado de conexão com Deus. Logo, fazemos as nossas conexões o tempo todo e oramos a aquele que em sinergia conosco, se direciona na mesma direção ao que nos habita. Nesta perspectiva, quem é bom, em essência atrai o bom. Quem é mal, em essência se conecta com este mal e ora o tempo todo a um deus estranho, mesmo que sem palavras. Somos habitados pelas nossas próprias intenções. (João Luiz)

Um deus diabo, a imagem do homem que o criou



A religião com seus juízos, preconceitos e caixinhas predefinidas, definitivamente se perdeu e perdida, distorceu a imagem de Deus, no exercício de sua proposta de mediação. Nesta tentativa, usurpativa, sem ele, monopolizaram-o e o definiram, eu uma obvia projeção de si mesmos. Fixaram esta imagem falsa e humanizada, através de seus discursos inócuos, nas ambiências mal cheirosas, nas penumbras das velas queimadas. O resultado desta definição a imagem dos religiosos recalcados pelo moralismo da aparência, deram origem a um deus meio diabo. Se a magnitude das coisas criadas possuem a dimensão que se observa na natureza e nos processos evolutivos, logo, não dá para conceder, nem sequer imaginar o tamanho, a beleza, a criatividade, o amor e a grandeza deste Criador. Simplesmente imensurável!!! (João Luiz)

Discutir pessoas é não se conhecer


“O auto-engano é terrível por que sob bases falsas, neste processo, se estabelecem existências humanas. Quando afirmo algo, posso estar de fato negando. As minhas questões sobre o outro, as trago para mim e quando me vejo, já não discuto pessoas”. (João Luiz)

domingo, 29 de abril de 2012

Quanto desperdício

              Quais são as inquietações que devoram nossa vísceras? Qual é a lista de preocupações e atividades que ocupam o nosso tempo. O que é tão importante para que gastemos o nosso tempo transitório, nesta atividade enquanto o nosso tempo passa? Quem disse que tem que ser assim? O que é realmente importante? Se o dinheiro norteia meu objetivo principal, o outro humano já não é importante. Se ter é a minha preocupação, Ocupando me tempo maior, é porque o meu ser já se dissipou nesta vaga tentativa de fixar minha temporariedade nas edificações. Sem duvida, o mais importante é o amor e este, deve ser a nossa atividade, pois este em tudo cabe, a tudo se aplica e dá sentido a existência.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Ambivalência cristã é do anti-cristo

                A religião, na maioria das vezes presta um desserviço a Deus. O faz, com sua segregação, com seus juízos, com seus preconceitos e com seu desamor. Felizmente Deus não se deixa monopolizar, não se faz refém de sistemas e doutrinas, tão pouco fez destes, dos religiosos, seus representantes. A própria ciência não se opõe a Deus. Quando questiona, questiona a caixinha hermeticamente fechadas dos suicidas intelectuais, da religião. Não há critica a Deus na ciência, pois Ele está muito acima destes mensuramentos, não serve em tubos de ensaio, assim como não serve na teologia e nos padroes de nosso pensamento linear. Felizes, são os que conseguiram emancipar suas mentes destes controles, vivendo a liberdade para ser simplesmente, aquilo que já se é em essência. Tamanha é a ambivalência e o antagonismo no meio religioso que, Se Jesus voltasse hoje, como homem, a própria religião Cristã, o crucificaria novamente. (João Luiz)

domingo, 22 de abril de 2012

transitando fora dos portões

O autoconhecimento, segundo Socrates é o unico conhecimento realmente importante. Com certeza não é o unico, Mas sem duvida, é o mais importante. Infelizmente e contraditóriamente, o mais negligenciado. Ninguem quer ver suas proprias sombras, antes as projetam sobre os outros. Para não pensar sobre a propria vacuidade de seu ser, cada um se apoia nas regras externas e predefinidas da religião. Não estamos aqui, para sofrer padronizações e castrações de natureza imposta pelo medo. Que o ser humano, enfim aprenda a questionar padrões e cada um encontre seu próprio caminho, aprendendo a transitar fora dos portões. Há um universo a ser descoberto e ha vida fora das caixinhas instituídas. (João Luiz)

A desconstrução da Luz


”A luz indubitavelmente revela os equívocos de nossas crenças. Na verdade, poucos podem suportar esta desconstrução. Isto causa muito medo e medo da luz é medo da verdade”. (João Luiz)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sacrifício de Tolo

Se Deus é pai,
são dispensáveis obrigações,
frequências ao templo
ralar os joelhos,
 se prestar a penitencias,
fazer promessas
doar dinheiro...
tolice, engodo, ilusão
este caprichoso não é Deus.
Ele, imagino,
é sensivel a seus pequeninos...

Eu sou relativo,
mas em relação a meus filhos
Interpreto suas necessidades
e não barganho privilégio,
e para a concessão de algum beneficio,
não instituo cotas de sofrimentos
 e eu, ora eu,
sou contraditório, limitado, homem.

é obvio que a religião
projetou sobre Deus o pior si.
e o formatou
a sua própria imagem.

domingo, 8 de abril de 2012

Sem conexões não ha amor e sem amor, não ha Deus


              Jesus é o grande conector da existência humana. A sua cruz abraça o mundo. O evangelho, a sua mensagem, quando original é altamente curadora, por que leva o ser humano a se ver, a se reconhecer e a se perdoar. Ele, Jesus inter-relaciona o perdão recebido ao perdão liberado, o conhecimento de Deus ao relacionamento com o outro humano, o amor a Deus ao amor ao outro e finalmente e o serviço a Deus ao serviço ao próximo. São conexões para todos os lados. Se um único neurônio pode fazer milhões de conexões, qual seria o poder de um ser humano realmente conectado? Como alguém pode se conectar com o universo e a Deus tendo uma mente viciada, com caminhos neurais inexistentes e áreas de si mesmo, nunca visitadas? Como alguém pode dizer que ama a Deus se não tem nem amor próprio, Vivendo uma vida sem empatia, ou indiferente em relação ao sofrimento do outro. Quando vejo alguém falando em Deus o tempo todo, mas em antagonismo a esta verbalização incontida, vive uma vida cujo foco é o próprio umbigo, só posso fazer uma única leitura: interpreto estas declarações como a sua própria confissão de inafetividade. Uma blenorragia verbal incessante e confessadamente explicita como uma inafetividade por tudo, uma desconexão real e um desconhecimento absoluto de Jesus, mesmo quando este se auto-declara cristão. Existe uma ordem, uma seqüência evolutiva nas conexões que fazemos: Conexão interna, conexão para os lados e conexão para cima. Conexões constantes, expansivas, continuas e ilimitadas. Se religião significa na terminologia, religar, se esta não religa, esta é falsa. Não peço que concorde, peço apenas que pense.
João Luiz

sábado, 7 de abril de 2012

Remendo Novo Rompe Tecido Velho

Fechamos os olhos para tudo aquilo que não suportamos ver. Não suportamos quase nada e quase nada vemos. O novo desconstroi, remendo novo, rompe tecido velho. E aí, voltamos para o casulo e no casulo, há muito pouco, nada de novo para se ver. As paredes deste casulo são conhecidas e resumem a vida a basicalidade compreensível, aos paradigmas comuns, convencionados. O casulo protege contra qualquer verdade insuportavelmente desconstruidora.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A veneração do deus das antigos conceitos construidos


Penso que o ser humano não muda, mas acumula. O novo saber se mistura ao velho conhecimento e então, tudo se transforma. A qualidade no novo depende muito do conteúdo velho. Verdades aniquilam mentiras, mas são anuladas por mentiras que pensamos ser verdades. Verdades desconstroem as antigas “supostas verdades” e nisto reside o seu custo. Alguns não avançam, não evoluem, por não abrirem mão de suas antigas construções deusificadas. Doenças precisam ser expurgadas para que o novo não seja contaminado. 
João Luiz

domingo, 1 de abril de 2012

Trazer luz a existência é entrar no poço

Uma questão que trago insistentemente à tona, revirando o abismo da minha alma em busca de um sentido maior é a importância de uma vida com importância. Ninguém pode suportar conscientemente, viver uma vida ausente de significado. A ausência de sentido acaba por produzir em nós, mecanismos de fuga, como uma corrida desenfreada por viver, de prazeres só para fora, acumulando momentos de alegria, que são confundidos com a felicidade. A maioria das religiões, ditas cristãs, já se prostraram a este deus do consumo e entraram também neste processo de fuga tendo como subterfúgio a materialidade, alimentando o processo humano de fuga e auto-alienação. Por isso eu creio em Cristo, mas duvido veementemente do cristianismo. Penso que é mais fácil fugir, do que encarar a vacuidade da própria existência. Tapar o poço abismal interior é muito mais fácil, do que a vertigem de se olhar para dentro e trazer luz a própria existência. Estamos em um processo coletivo de despertar e ha um passo de uma grande libertação. É como se vivêssemos no linear de um despertar de consciência que nos dará um sentido transcendente, sobrepujando enfim, esta nossa animalidade. A bem da verdade, ainda somos a ameaça e o perigo maior neste e para este planeta.
                   João Luiz

sábado, 31 de março de 2012

Água Limpa em Vaso Sujo

               Conhecimento é aquilo que absorvemos externamente e vamos incorporando a verdades internas, a aquilo que já somos.  Somos diferentes a partir de uma nova verdade adquirida. Toda aquisição, reage com aquilo que já somos, logo uma coisa transforma a outra. Quanto mais pura for à essência de quem somos, quanto mais isento estivermos de crenças equivocas, melhor será o resultado proveniente da verdade ...que se funde em nós. Por isso, tenho a preocupação de expurgar de meu conteúdo, todas as supostas verdades enlatadas e equivocada, bloqueios e crenças infundadas. Aquilo que não agrega valor em nós, nos dilui, nos fragmenta. Não basta estudar sem saber quem se é. A presunção do saber, por mera vaidade, piora o ser. 
 João Luiz

sexta-feira, 30 de março de 2012

Quem disse que é?


              Detesto as convenções, os moralismos, os padrões e as culturas que dizem é assim, gerando culpas sem fundamento real. Ainda que eu me julgue livre, existem grilhões e travas que não são quebradas facilmente. Detesto aquilo que estranhamente me habita, e embora siga me descobrindo, mesmo questionando muito, sei que estou neste mesmo fluxo condicionante e padronizante. Ninguém é verdadeiramente original, Entramos em equilíbrio com a basicalidade. Há tanto para se caminhar, uma jornada infinita de auto-conhecimento, mas na roda do hamster, o caminho não leva para lugar algum.

domingo, 25 de março de 2012

Luz e sombras nos habitam


Somos habitados pelo bem e pelo mal, esta é a nossa conexão e isto é o mundo. O bem absoluto, Deus, habita outra dimensão. Eu creio que a conexão com o bem absoluto depura nossa maldades e é um processo. Este é o mundo de seres caídos. Qualquer que encontra o caminho de volta, se desapega gradualmente da materialidade. Deus habita a dimensão da nossa interioridade que é o lugar mais misterioso do universo, esta consciência de nossa importância, aniquila o mal em nós. Ninguém encontra Deus, vivendo de exterioridades e com suas religiões para o lado de fora. Quem não olha para dentro, acredita nas suas próprias mentiras. Se fossemos apenas luz, o mundo seria um paraíso.
João Luiz

Não fuja de si mesmo


Existe no homem uma espiritualidade latente. Um software que nos é inato. Logo, ninguém foge, por mais racionalista que seja, de sua tendência a dar um sentido espiritual a sua existência. É desta base que surge a religião e toda a religião possui sua própria divindade. Até os ateus se prostram frente ao seu deus, que pode ser material, ou a própria defesa, acalorada de sua negação da fé. O fato é que a necessidade de crer, é a prova de que não se conhece, o objeto de sua própria crença. O medo motiva o respeito pelo desconhecido, afirmado em um culto, como fuga de uma realidade insuportável, a fé pelo medo da morte. Eu não preciso crer em Deus. Não sou criacionista tão pouco evolucionista, não compro pacotes fechados. Há fragmentos de verdade em tudo e o todo não se constitui de uma parte. Pinço verdades na mentira e tiro a mentira da verdade, logo em minha relatividade, não tenho convicções absolutas. Existe um sentido maior para a nossa vida, eu não preciso crer em Deus como fuga de um sentido que desconheço. Eu creio no sentido maior e creio em um Deus que não me julga. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

É lobo comendo Lobo


  • http://www.youtube.com/watch?v=Kwj6X4J45Kk&feature=related
    É lobo comendo lobo e o alvo da disputa, são as ovelhas. Um lobo treinou o outro sobre a arte de roubar, mas o lobo filho quis roubar só, para faturar mais e abandonou a matilha. Outros lobos dispersos do primeiro bando se uniram ao lobo filho objetivando devorar todas as ovelhas do primeiro. A matéria especial do Domingo espetacular de ontem, me deu asco, nojo, repugnância. Não só pelo relato, resultado da investigação feita pela rede Record, sobre o lobo filho, denominado apostolo, o tal pastor criador de gado e fazendeiro, aquele que está comprando o Mato-Grosso inteiro com o dinheiro dos pobres, e se faça justiça, os mais pobres de nosso país. As picaretagens deste cristianismo corrompido, sempre em nome de Jesus, aquele que pregava a divisão, o compartilhar, o socorro aos pobres, a renuncia, o viver modesto, a oração pelo pão de cada dia, a suficiência e o reino dos céus etc. As picaretagens destes, em nome daquele Jesus, são comuns e quem se permite olhar de fora, logo percebe o engodo, a mentira, a contradição e a discrepância da mensagem destes, com a original. É lógico que usurparam o nome de Jesus para pregar o que Jesus não pregaria nem aqui e nem na china. O que me enoja, alem do uso indevido de um nome, que marcou a história, para fins tão mesquinhos, é a briga de satanás com o diabo pelas pessoinhas sem direção, carentes e em busca de um sentido na vida. Sim, por que quem acusa o outro de desviar dinheiro da igreja é seu ex-professor, alguém que usou e usa da igreja para enriquecer, ou vocês acham que a Record foi adquirida com dinheiro de quem e está no nome de quem? O que me enoja é a hipocrisia, a acusação do Satanás chefe contra um pobre diabo aprendiz de ladroagem criado sob os pés do capeta maior. Um compra uma rede de TV com dinheiro dos fieis e o outro vira fazendeiro criador de gado. Bom entre o rei do gado e o empresário das comunicações está o povo alienado. O resultado disso é que, este mesmo povo, uma vez adquirindo cultura e melhorando de vida, tendem a colocar Deus neste pacotão desprezando a verdade pela mentira, entrando em um estado lamentável de descrença. Esta dito, gostem ou não!

domingo, 18 de março de 2012

Compreendendo a incompreensão


Quem busca compreender não pode esperar compreensão. Quem compreende, compreende a incompreensão. Quem ama compreende, perdoa, não leva em conta. Quem ama entende, coloca-se no lugar do outro, move-se de intima compaixão. A empatia é um resquício de divindade, uma luz que ainda habita o íntimo dos homens. Sem amor não há compreensão. A busca por aprovação e compreensão, ainda é um sinal de uma busca para si, que nasce nas entranhas do egoísmo. Quem busca amar, esquece de si mesmo.
             João Luiz

O bem que nos faz mal e o mal que nos faz bem


 Todas as coisas, boas ou más, contribuem conjuntamente, para o nosso bem. Eu não desprezo o sofrimento, pois, ao meu ver, é este, um mecanismo, uma ferramenta que gera em nós, crescimento. Por isso, eu não concebo a idéia de um deus que me livra de todos os percalços da vida. A religião que propõe este absurdo é maligna, falsa e mente descaradamente. Sem dor não há dinâmica que gere movimento, mudança, refinamento. Deus, não nos faria este mal.
João Luiz

sábado, 17 de março de 2012

A fé verdadeira de um ateu


                 Ateu é aquele que crê que Deus não existe. Mas, em crendo, não pode fugir de sua fé. Ora, o ateu, quando não o é, pela necessidade aboiolada de ser do contra, é apenas alguém que não concebe a idéia de um criador ou atrela, relaciona este, ao ridículo da religião. Aí, dou razão a estes, neste ultimo aspecto. O deus dos mitos, vingativo, prepotentente, ciumento e dado a rompantes, neste, nem eu o posso crer. O Deus no qual creio, não se faz refém da sistematização humana, não se condiciona a ritos, não depende de homens, não se configura a padrões, não é monopolizado por religiões, não surta de carências, não governa pelo medo e não é prepotente. O Deus no qual creio, está muito acima da minha própria capacidade de percepção e compreensão e portanto duscuti-lo, seria apenas uma ridicula presuposição. Não o compreendo, mas eu sei, Ele me compreende. Quem crê em Deus por necessidade, empreendeu fuga de si mesmo. Eu creio, não como uma obrigação da culpa, do sacrifício neurotico ou da auto-penitencia, mas pela realidade subjetiva de sua presença em mim. Se não o posso conceber, mentir pelo medo, me faz mal e portanto, bem melhor seria, se eu fosse apenas um ateu honesto, que crê, sem a consciência de sua fé. Eu não preciso crer, apenas creio, sem a necessidade de argumentação ou de provas. Ha crentes que não creem. apenas herdaram uma fé indiscutivel. Quando a ciencia comprova um fato desta fé se alegram, por ter sua fragil crença afirmada. Ora, a fé que precisa de comprovação é falsa. Como dizia Carl Jung “eu não preciso crer em Deus”...

             João Luiz


quarta-feira, 14 de março de 2012

Exterioridades versus relações viscerais


Incrível como as exterioridades se tornaram importantes para nós, de modo que agradar ou ostentar, tornou-se no estilo de vida de muitos. Não importando mais o que somos, mas o que temos. Não importando mais como estamos, mas como os outros nos vêem. Tudo está para o lado de fora, e ninguém ousa olhar para a interioridade, para a escuridão de seu próprio ser. Atores da irrealidade, complexando a vida em um cenário irreal, enquanto a vida passa na realidade, sem que o importante tenha seu lugar e vez. Receio que parte de nossa vida se vá, apenas no tempo gasto tentando provar aos outros que não somos o que somos, mesmo quando tentamos provar que não precisamos provar nada. Pobre ser humano, já nasceu na caixinha condicionante e só cresce dentro da dimensão da caixa e neste estado de condicionamento, esta caixa é seu mundo. É estranho, mas ninguém se vê como um ser finito sob o ponto de vista da materialidade. Tão certo como o dia de amanhã chegará, chegará a também a minha morte e a minha morte pode chegar antes. Percebo hoje que o que eu mais preciso é de relações viscerais, me sinto só neste mundo de interesses, de superficialidades, de uso e desfrute do outro. 

domingo, 11 de março de 2012

A Raiz de Todos os Males


O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. O poder que dele advêm, levam multidões a se curvarem diante dele, pelo que que ele pode proporcionar. Literalmente se vendem, processo pelo qual perdem a alma. Vejo isto em todos os lugares, pessoas boas, sensíveis que se tornaram arrogantes e insuportáveis. Gente como o Pedro Bial que construiu uma historia, graças a sua competência e trabalho, que renuncia tudo o que isto representa, para se tornar apresentador de um programa fútil como o BBB, tornando-se fornecedor do lixo de consumo de milhões de desorientados. Pastores e lideres da religião que começaram, na simplicidade, com intuito de ajudar pessoas, sensíveis a causa social, mas que também, em nome do sucesso, este do dinheiro, só pregam mensagens antagônicas a verdade, em nome do que se quer ouvir. Fornecedores. Todos se tornaram sofisticados fornecedores do que a sociedade quer e não do que ela precisa. Documentários, conhecimentos, verdade, poucos os querem e aí o retorno também é inexpressivo. Perde a alma quem consome, perde a alma o fornecedor e sofre dores na alma aquele que discerne, aquele que consegue ver. Infelizmente este fluxo a lugar algum, arrebanha muita gente que, sem o filtro do saber, apenas se deixam levar. Tenho visto que, coisas fúteis quando postadas no facebook, ou em qualquer outra rede social, tem uma repercussão muito maior do que algo profundo, que faça pensar, uma provocação a reflexão por exemplo. Que tragédia, poucos querem pensar! As analises simples que viabilizam decisões, estão sendo tercerizada a algum formador de opinião equivocado. Esta ferramenta, as redes sociais, nos dão a amostragem estatística do que nos tornamos. Ou seja: O pensamento, a visão para dentro, a realidade é desprezada pela distração de uma suposta degustação da vida, que não proporciona nenhum retorno na jornada da vida. Estamos andando em círculos. Infelizmente a religião entrou neste mercado e quando me ponho a criticar ouço respostas, manifestos acalorados, destes que papagaiam o que ouvem, sem o mínimo discernimento, sem a mínima reflexão a respeito. Engole-se tudo, mas o veneno, neste momento me parece mais doce ao paladar. Ninguém discerne e aí, tudo o que se fala, vira verdade. Tudo o que se houve é absorvido. Neste processo, quem não tem a sua alma fragmentada, já a perdeu ha muito tempo.

O                     

sábado, 10 de março de 2012

Macumba Evangélica


Neste promissor mercado das crenças, Deus virou brincadeira. Usado como objeto de todo tipo de palhaçada, pelos estelionatários da fé. A ultima invencionice é uma das mais lamentáveis. Neste episódio, Ele, Deus foi feito, transmutado em uma espécie de Robim Wood celestial. Segundo o mercenário em questão, Deus, o deus da igreja dele, ta roubando dos ricos para dar aos pobres. Mais precisamente, está rackeando sistemas bancários e apagando dividas de fieis, contribuintes. É claro, contribuintes da sua denominação. Neste surto divino do deus mamon, para que não sabe, o deus dinheiro, atendendo a caprichos de maus pagadores, este deus estranho, se colocou a incentivar o estelionato e a má administração econômica domestica. Sua agencia terrena de barganhas e caducamento de dividas, tem nome e tem endereço. Basta contribuir com determinada importância, retirar o paninho mágico e, tabajara, seus problemas acabaram. Este deus estranho, da tal igreja, deu de incentivar a inadimplência, apagando dividas nos sistemas bancários. Bom, já diz o ditado: “Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão”. No entanto, neste caso poderíamos dizer que ladrão que rouba o povão, tem o direito diabólico, de usar Deus no processo e enganar os incautos impunemente e continuar enganando. Basta retirar o pano, passá-lo na porta do banco e zasss! A divida desaparece. O fiel pode sair e gastar tudo novamente, irresponsavelmente, estelionatárimente, transferir a divida para Deus e pronto. Passa o pano, é fácil, pratico. Passa o pano e Deus passa o pano também.
          Para se ter sucesso, este sucesso deste deus Mamon, é fácil: basta contribuir, dar dinheiro, dividas caducam, promoções são geradas, sem que o fator competência seja importante e até a educação torna-se irrelevante. Passe o paninho e esta tudo certo.
            Eu não sei onde isto vai parar e qual a semelhança entre este cristianismo e a mensagem de Cristo e que tipo de Cristão são estes que não conhecem seu Cristo. Houve um tempo em que Cristo pregava a integridade, a honestidade dizendo que o pão de cada dia era suficiente. Hoje cristãos em seu nome, estão enriquecendo de qualquer jeito e caducando dividas em nome dele. Facilitar a vida humana ninguém quer, olhar para o lado nada, estamos vivendo um processo de adoecimento coletivo. Hoje fui advertido sobre o risco eminente de eu ser cortado do mundo dos viventes, porque tenho me levantado contra Deus. Ora, se eu morrer, morri, mas não me fiz conivente com a mentira. Se há Deus e sendo este Deus justiça, certamente ganharei algum credito defendendo a verdade. Isto posto que estou fazendo apologia da verdade, para que o mundo, Deus e tudo o que é bom, não caia em descrédito, pela associação que se faz de Deus com todo este lixo. Infelizmente as vitimas destes loucos, anti-cristos, lobos travestidos, não buscarão jamais ajuda profissional, pois para eles a ciência, a psicologia é o próprio diabo..
         João Luiz

Errar o Alvo



Errar o alvo é ato normal daquele que iludido, sai da rota atraído e auto-enganado pensando de si mesmo, estar certo. Há em nós a percepção da verdade e toda a mentira na qual acreditamos é a nossa própria mentira. Não somos enganados senão por nós mesmos. Não nos faltam justificativas e razões para os nossos atos, quando queremos algo. Nos é comum, o fechar de olhos a uma realidade que não queremos ver e de como vemos, somente oque queremos. É incrível a nossa capacidade de auto-convencimento, quando queremos nos deixar levar por alguma pulsão interior, por algum desejo incontido. Paixões, loucura, esfolar-se, ralar-se, com persistência. Certinhos e controlados, quando de fato o são, não julgam. Quando julgam é por que, mesmo na subjetividade, também o são, apenas não materializaram, algo ainda não se fez carne, não veio a público. 
            João Luiz

terça-feira, 6 de março de 2012

Minha Verdade


A verdade mais importante é a nossa verdade. A verdade de quem somos, das nossas construções. Se não sei quem sou certamente não encontrarei o meu lugar na vida. Há tantos caminhos e tantas identificações, mas será que não estou julgando o outro, pelas minhas próprias doenças? Venho descobrindo que o meu enigma é tão grande quanto o enigma do universo e que nenhuma verdade me será útil, sem que antes a minha própria verdade se revele. Se não sei quem sou, sigo transferindo, projetando e me enganando. Negando e desprezando no outro a verdade que não gosto em mim. Sem autoconhecimento não há relação, não há dialogo saudável para fora. Conhecimento de fora, sem autoconhecimento é escuridão. Quem não olha para si, não vê o mundo como o mundo é. Olhos bons são imparciais e quem se julga, não julga. Se minha verdade está equivocada, minha vida é um equivoco. Para os teólogos de plantão, que me consideram herege, cito as palavras de Jesus: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
        João Luiz

Luz e trevas


      "Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância".
         Sócrates
 
          Na língua hebraica, dos originais da bíblia, a palavra luz e trevas são as mesmas usadas para definir conhecimento e ignorância.
          Jesus disse: “Eu vim trazer luz”. Dizendo com isto que, Ele veio trazer conhecimento. Logo, ele trouxe luz libertadora, não como magia instantânea, do acender das lâmpadas celestiais, mas como verdade pratica da vida. Propôs uma jornada, um amanhecer gradual de luz, para os que rejeitam a escuridão. Ele não trouxe religião que aliena, mas verdade que liberta. Veio mostrar o caminho do auto-conhecimento. É evidente que usurparam seu nome e corromperam a sua mensagem. E a luz, esta, infelizmente, tornou-se em trevas.
            O mal, este permanece no poder, porque o homem ama mais as trevas do que a luz. Querem formulas, não querem jornada. Querem um caminho pronto, não querem construir os seus próprios caminhos. Rejeitam a responsabilidade da liberdade, querem a condução cega de outros cegos. Trevas!

           João Luiz

domingo, 4 de março de 2012

Fazer o mal é humano, fazer o bem é divino

Penso que fazer o mal é natural, esta em nós. Já fazer o bem, este sim, já é da decisão, e esta, tem seu custo anterior a ação, que é a da renuncia sacrificial. O pior é que, não fazer o bem, já é fazer o mal. Sem duvida que pecamos muito pela omissão. Felizmente o amor cobre uma multidão de pecados. É fato que, quando amamos mais erramos menos. Por isso, não tenho dúvidas que o amor substitui eficazmente qualquer que seja o rito religioso. Quem faz o bem paga pelo prazer que o bem proporciona como retorno, quem faz o mal se deixa levar e nesta onda, acumula males ínfimos em seu psiquismo culposo e a fatura, tarda mais não falha.
         João Luiz

Mais amor menos juizo


Existem fatores inimagináveis, motivadores de nossas ações. Coisas que a ciência explica e outras tantas que não pode conceber. Por isso, o preconceito é uma estupidez e conclusões precipitadas, uma violência. Atestamos de nossa idiotice todo dia, ao opinarmos com tanta facilidade, sobre terceiro. Até a justiça era, mesmo quando munida com a mais ampla gama de fatos. Há na subjetividade, no limite de nossa razão, razões que a própria razão desconhece. O amor, absorve tudo. 
         João Luiz

Discursos, Falam do que não Somos


Pessoas que realmente marcaram sua passagem por aqui, não eram dadas a sofisticações e a discursos. Pessoas que deram significado a própria existência, viveram pelo outro, um dia de cada vez na simplicidade e sem ansiedades. Ora o discurso pretende convencer pela argumentação, mas o que é evidente precisa, por ventura de realce? Será que realçar, não é uma tentativa em ressaltar o minúsculo, o que de fato não é? O autentico, porventura não dispensa marketing e apresentações? Nossos discursos falam apenas do que não somos. Vejam os nossos políticos, vivem de discursos enquanto fazem muito pouco. Pastores pregam o dia todo, mas raramente se vê poeira em seus pés. Eu escrevo muito, confortavelmente em minha poltrona e com o notebook no colo.
João Luiz 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Estáticos na inercia do nada


Quero provocá-lo, quero levá-lo a um mover de águas na consciência. A ideia da provocação é esta, pensar sobre. O texto está em processo, o livro não está completo, estamos escrevendo juntos. Penso que estamos tão presos a tantas coisas e limitados a tantos condicionamentos, que a mobilidade para a mudança é mínima. Acomodados talvez seria a definição correta. Somos acomodados! Estáticos na inercia do nada. Não digo que estou certo e que jamais vou rever o que disse, mas sinto que este é o caminho.

O mal também acomete o bom


O mal também visita o bom. Não sabedores do futuro, nós os presos a contingencialidade do tempo, devemos viver o presente que é tudo o que temos. Não há barganhas a fazer com a divindade, há um momento e um dia chamado hoje para se viver, buscando ser o melhor possível, sem explorar o outro a bel prazer. No dia mal nos serviremos e andaremos nas calçadas que edificamos na transitoriedade da caminhada. O tempo passa, mas a vida dá muitas voltas. Ninguém pode viver bem, sob a ansiedade da desgraça eminente, mas realizar-se-á vivendo a simplicidade da consciência de sua importância no socorro da carência do outro. Pode-se encontrar um sentido maior quando estamos conscientes de que o mal que acometeu o vizinho poderia ter naturalmente acontecido conosco, quem tem esta consciência exercita a gratidão, o socorro e a misericórdia. O equivoco das barganhas celestiais que só beneficiam alguns exploradores da fé, tem seu fundamento no equivoco da teologia moral de causa e efeito. Quem embarca nesta, quando algum mal lhe sucede, ficam totalmente desconstruídos, surtam de desesperança. O fato é que a chuva também cai na plantação do latifundiário que manda matar a freira e a freira que só fez o bem, também morre. Há um sentido maior, naquilo que não tem sentido, para seres com o nosso tamanho.
                João Luiz Ecks

A voz do povo não é a voz de Deus


A voz do povo é a voz daquele que o manipulou, seduziu, persuadiu, convenceu subjugou e dominou. Em razão disso, a injustiça impera e os bons não se mobilizam. Todos estão condicionados e o absurdo paira o campo da normalidade. Quando a religião opera a dominação ao invés da liberdade, quando esta opera a ira ao invés do perdão, quando esta opera o medo ao invés da graça, quando esta opera a moral ao invés do amor, o esboço da tragédia esta composto. Esta voz, a voz destes subjugados, se fará uníssono com qualquer que seja a loucura proposta. Sem conhecimento não há discernimento e sem discernimento não há liberdade e sem liberdade o homem perde a voz. Vira papagaio.
      João Luiz

Somos um com aquilo que absorvemos


Desconfio de quem diz eu sou. Por ser, como estado fixo, nunca se é o que se pensa ser. Na dinâmica da renovação da mente, nunca se é em estado fixo. Eu já não sou o mesmo após este texto, meu processo de articulação das palavras para a composição deste, alterou sensivelmente meu ser, pela reflexão. Mesmo aquele que não pensa, na perspectiva do que é natural. É alguma coisa, a partir da influencia de alguém. O problema é quando mentes são formadas a partir da mentira. O resultado só pode ser uma farsa. Precisamos ouvir tudo, levar ao filtro da analise critica e reter o que é bom. Aquilo que absorvemos como verdade, vira carne em nós. Nos afeta e neste processo, um se torna conosco.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cristo vive fora do cristianismo


  1. O cristianismo morreu quando virou religião sob o patrocínio de Constantino há 300 DC. Morreu quando perdeu a mente de Cristo. Morreu quando as suas obras se tornaram antagônicas a Cristo e quando passou a acolher aquilo que Cristo combateu. O cristianismo sobrevive, sem este nome, na marginalidade. Vejo Cristo na filosofia de vida de alguém que nem sabe nada de Cristo, mas que age no mesmo espíri...to. Em qualquer que faça o bem sem auto-propaganda, em qualquer que abrace o pobre sem medo de contaminação. Se você sonha com um mundo melhor, com igualdade, mesmo sem religião, você é um cristão. Se você doa, daquilo que tem, pensando no bem estar daquele que não tem. Você é um cristão. Mesmo que a sua mente pequena não conceba a própria existência de Deus, mas a sua alma vibra com a felicidade e a realização do outro, amigo você é um cristão. Mas, se você vive nos cultos, supostamente adorando, mas na pratica, não olha para os lados e o seu sonho é estar em algum status superior em relação a outros. Se você faz a sua doação ao sistema, pensando na busca de uma proteção mágica, se você está indiferente as tragédias e tudo está bem, desde que a sua família não seja afetada, se o seu projeto de vida é de sucesso sob o prisma do que a nossa cultura chama de sucesso, se você olha para baixo e vê gente, se você tem preconceito com relação ao diferente, lamento, você não é um cristão. Vejo pessoas falando de Deus o tempo todo sem que se veja Deus em sua vida. Em contra-partida, vejo pessoas que não falam de Deus, mas tem Deus em tudo o que vivem.
    João Luiz Ecks

Morte e Luto


  1. Cada nova escolha implica em uma renuncia e cada nova fase da vida implica na morte de outra. Qualidade de vida tem relação direta com o lidar com os lutos inerente as fases boas que ficaram e que não voltam. Só estamos prontos para vida se... lidarmos bem com a morte. Esta mudança natural da vida que não nos consulta e que acontece quando tem que acontecer. Quem não está pronto para morrer, vive correndo da morte que se manifesta em toda e qualquer mudança natural. Enquanto se foge, não se vive. Morremos todos os dias quer queiramos ou não. Viver bem é lidar bem com esta morte. Ninguem foge do que tem que ser, do natural. Ha na vida um sentido, para alem da nossa compreenção e mesmo que não compreendamos, o fato é que ninguem está aqui, por mero acaso.
              João Luiz

Inquietude


  1. Toda inquietude na alma é um percepção do intangível tomando forma. Todo individuo que houve esta vós interior, faz alguma diferença neste mundo de dormentes. Há um sentido na vida, encontra este sentido quem houve a vós do eterno na alma. Quem perde esta sensibilidade, quem perde a alma, perde a conexão, perde a individualidade, vira copia.

Criando um pretexto

As coisas nem sempre são como queremos. Ao criar um pretexto, alteramos o texto, mudamos os fatos e atrasamos a verdade. O pior é que fazemos isto o tempo todo. Somos tendenciosos a fechar questões, a tirar conclusões precipitadamente. Normalmente não gostamos de quebra-cabeças faltando peças, mas o que fazer se ainda andamos no micro do conhecimento. Bom, os que pensam criam conceitos. Os não pensantes, preconceitos.
       João Luiz

Conheço Deus, a partir de mim mesmo

E disse Deus: “façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. E disse o teólogo: “Eu explico, eu conheço a Deus”. E aí digo eu: Como pode alguém explicar Deus sem autoconhecimento? Creio que aí reside o erro fundamental dos religiosos. Todos se colocam como monopolizadores da vontade, da verdade e do caminho, explicando a anatomia do divino, quando não podem compreender nem a si mesmos. Se somos a sua imagem, conforme as escrituras, a resposta esta dentro, está em nós. Creio que ninguém pode compreender de nada externo a si mesmo, sem auto-compreensão. Ninguém pode perceber nada externo, sem auto-percepção. Ninguém ama algo fora de si, realmente, sem que primeiramente, se ame. E, quem não ama, não conhece a Deus. Não há como conhecer a mais básica verdade, fugindo da verdade de si mesmo. Alguns religiosos que tão veementemente explicam a vontade do divino, a explicam, muitas vezes, a partir da negação de suas pulsões interiores negadas e recalcadas, o resultado disso é que este deus, não é amor, é o diabo. Ao tentar explicar Deus, sem a compreensão de si mesmos, o negam.
João Luiz

Transformação


  1. A única coisa que realmente transforma o ser é a mudança de mente. A nossa mente precisa de oxigenação, de coisas novas, para produzir em nós um processo de continuo crescimento e uma transformação em relação ao que já fomos no minuto anterior. Quando o ser humano cessa suas questões em razão de alguma resposta pronta, massificante, entregue por atacado, por algum guru dono da verdade, este proces...so dinâmico cessa e o individuo se idiotiza. Este processo de massificação e padronização é tão malévolo que indivíduos inteligentes, cessam seus processos mentais, perdendo o senso simples da verdade e se tornam papagaios de uma doutrina ou uma suposta verdade que não resiste a nenhum confrontamento lógico.

Boicote

Há um boicote geral com relação aos mais carentes. Há um déficit intelectual, por conta de uma educação ridícula. Os sonhos são roubados no berço, são condicionados a ter satisfação com o mínimo e a ficar grato com esmolas. São induzidos ao contentamento com filas intermináveis e a conformarem-se com os maus tratos. A esmola que o governo dá sob a bandeira da igualdade é ínfima e tem como objetivo... principal as urnas. Simples assim, se queremos igualdade que se tenha educação igualitária e que todos possam competir em nível de igualdade intelectual. As cotas são ridículas. Igualdade é brancos, negros, pardos e amarelos andando juntos. Por que receberam de berço. Os mesmos direitos. O resto é demagogia.